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quarta-feira, 11 de julho de 2018

massacre ocorrido há 7 mil anos Crânios perfurados são evidências


Arqueólogos acreditam que vítimas eram estrangeiros que foram capturados enquanto tentavam roubar uma comunidade vizinha


NOVE CORPOS ENCONTRADOS EM HALBERSTADT E DIFERENCIADOS POR COR (FOTO: COPYRIGHT LDA SACHSEN-ANHALT/CHRISTIAN MEYER)
em 2013, durante a construção de um projeto em Halberstadt, na Alemanha, uma cena brutal foi encontrada sob o solo da cidade: nove corpos (oito homens e uma mulher) haviam sido assassinados e descartados à beira de um assentamento agrário há cerca de sete mil anos.
Segundo os arqueólogos, que recentemente publicaram um artigo na Nature sobre o caso, a identidade das vítimas é desconhecida, mas é possível afirmar que se tratavam de um grupo estrangeiro de intrusos, saqueadores ou prisioneiros de guerra que tiveram um final violento.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram os isótopos de ossos e dentes das vítimas e compararam com os de outros corpos encontrados na cidade alemã, e que datavam também da mesma época. Por meio desse estudo, os arqueólogos conseguiram verificar que as dietas do grupo eram diferentes daquela consumida pelos habitantes locais.
O que mais chama atenção nos esqueletos deste episódio são as lesões na parte detrás dos crânios. “Em outros sítios, onde [outros] massacres caóticos aconteceram, geralmente as lesões estão espalhadas por todas as áreas das caveiras”, explicou ao LiveScience o arqueólogo Christian Meyer, principal autor do estudo. “Algumas das lesões [em Halberstadt] também parecem bastante similares em tamanho e forma, então, no geral, podemos assumir que houve uma aplicação bem controlada de violência letal.”
Baseando-se nessas evidências, os arqueólogos concluíram que o achado se tratava de “um grupo de homens jovens e estrangeiros que foram mortos de uma maneira controlada”, como prisioneiros.
Por isso, dois cenários são possíveis para explicar o massacre: ou as vítimas foram capturadas próximas do local (talvez, enquanto tentavam roubar o povo de Halberstadt) ou elas foram levadas até lá, como prisioneiros de guerra. De acordo com Meyer, os pesquisadores realmente não tem a resposta para isso, mas a falta de evidências de um aprisionamento por guerra favorece a primeira teoria.
“Provavelmente, eles eram lavradores do período da cultura linear da cerâmica também [assim como a população de Halberstadt], mas de uma outra área”, conclui Meyer, se referindo ao período neolítico em que surgiu a primeira cultura agricultora da Europa Central, dedicada à colheita e ao gado.
“Este sítio fornece um padrão diferente de outros massacres, representando uma prática antes desconhecida de execução em larga escala de homens”, afirma a arqueóloga Meaghan Dyer, que avaliou o estudo em entrevista ao LiveScience.
Além disso, outros achados do mesmo período, como o do túmulo de Schöneck-Kilianstädten, apontavam para a constante presença de crianças dentro das mesmas covas de adultos, algo que não aconteceu neste caso.
“O túmulo compartilhado também difere bastante dos túmulos individuais e regulares porque os corpos foram apenas jogados sobre o buraco da cova e não foram arrumados cuidadosamente”, afirma Meyer.

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