O Museu Nacional do Brasil, fundado em 1818 e representando o coração dos esforços históricos, antropológicos e científicos da nação, efetivamente não é mais. Pouco depois de ter sido fechado ao público na noite de domingo, começou um incêndio que já consumiu grande parte dos 20 milhões de itens do instituto, incluindo Luzia, um fóssil humano de 11.500 anos e o mais antigo já encontrado nas Américas.
É o equivalente do país a ter o Museu Nacional Smithsoniano de História Natural em Washington DC, ou o Museu de História Natural em Londres, transformar-se em cinzas em questão de horas.
Longe de conter exposições, por mais valiosas que sejam, foi também uma importante instituição de pesquisa, com renomados especialistas transmitindo seus conhecimentos às futuras gerações de aspirantes a acadêmicos. A destruição do marco do Rio de Janeiro, então, representa nada menos que um grande golpe para a ciência, cultura e educação da nação.
Conforme relatado pelo The Guardian , Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à presidência, disse que o inferno era como “uma lobotomia da memória brasileira”. Outros notaram que sua destruição, que elimina 200 anos de pesquisa arquivada, uma grande parte dos 500 anos de história do Brasil.
O site do museu é uma lembrança melancólica do que o edifício já continha. Ele estava cheio de artefatos que remontam à Grécia e Roma antigas, assim como muitos das culturas indígenas da região. Continha também amostras únicas geológicas, zoológicas e paleontológicas.
Em preparação para as comemorações do bicentenário, o museu imprimiu uma série de moedas de colecionador. Ele também havia acabado de inaugurar uma nova exposição com foco em recifes de corais e deveria sediar um simpósio sobre invertebrados antigos em outubro.
Neste estágio, nenhum ferimento foi relatado, e a causa do incêndio continua sendo um mistério.
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