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domingo, 24 de março de 2019

fósseis de 500 milhões de anos são encontrados na China


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uma equipe de pesquisadores encontrou  4,351 fósseis em pedras na região do Rio Danshui, em Hubei, China. No local já viveram formas primitivas de água-viva, esponjas, algas, anêmonas, minhocas e artrópodes. As criaturas foram todas conservadas pela lama subaquática há aproximadamente 518 milhões de anos.

Os fósseis estão tão bem preservados que os tecidos macios dos corpos desses animais, incluindo os músculos, intestinos, olhos, guelras, bocas e aberturas, ainda estão visíveis. Até agora foram descobertas 101 espécies, das quais 53 nunca foram registradas antes.

“É uma grande surpresa que uma proporção tão enorme das espécies achadas nesses fósseis sejam novas para a Ciência”, revelou Robert Gaines, geólogo do Pomona College em Claremont, nos Estados Unidos, em entrevista ao jornal The Guardian.

Em estudo publicado no periódico Science, os pesquisadores revelam os fósseis são do período Cambriano, da era Paleozoica, quando houve crescimento massivo na diversidade das espécies do planeta. Muitas criaturas inusitadas surgiram nesse período, algumas se extinguiram e outras são os ancestrais de diversos animais que conhecemos hoje.

Acredita-se que os organismos do período Cambriano, que eram todos marinhos, foram engolidos por lama abaixo do oceano, que os levou para águas frias e profundas. Isso fez com que as criaturas fossem engolidas por sedimentos, permitindo que seus fósseis fossem conservados.

Escavações próximas ao rio Danshui, em Hubei, China (Foto: American Association For The Advanced of Science (AAS) / Dongjing Fu)

Dois fósseis chamaram a atenção de Allison Daley, paleontóloga da Universidade de Lausanne, na Suíça. O primeiro foi o de um animal do filo Kinorhyncha, uma criatura parecida com uma minhoca, e que é conhecida como “dragão de lama”.Os restos encontrados tinham um pouco mais de  4cm, mas hoje em dia a espécie costuma ter apenas alguns milímetros de largura.

“Não acho que ninguém teria previsto que eles teriam surgido como animais tão grandes”, percebeu Daley.

Outra surpresa foi a quantidade achada de Ctenophoras, conhecidas como carambolas-do-mar. Esses animais marinhos carnívoros estão entre os mais primitivos e estudá-los pode ajudar os cientistas a resgatarem informações sobre processos evolutivos.

“Esses fósseis nos ajudam a encaixar as peças dos passos da evolução que tornou os animais de algo pouco concreto — que é a representação de um ancestral comum — para uma incrível variedade de linhagens que vive hoje”, explicou o paleontólogo Martin Smith, da Universidade de Durham, no Reino Unido. “Porque alguns organismos preservados são mais simplórios do que seus parentes, eles nos ajudam a diferenciar órgãos complexos como cérebros que podem ser construídos através de processos evolucionários não propositais."

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